Artes plasticas naif sinval medeiros

Retratando são paulo

Retratando são paulo
Retratando são paulo

quinta-feira, 11 de julho de 2013

o vagabundo iluminado sinval medeiros na cidade de são paulo biografia segunda parte

           Biografia escrita por Marcos tavolieri milito pagliara

Eu tinha toda a probabilidade de evitar esta historia cheia de segredos e misterios que aconteceu em minha vida, mas no dia vinte e nove de julho de mil novecentos e noventa e tres,Eu fui marcado pelo sobrenatural agui neste vale do anhangabau enquanto eu dormia certa noite, ali debaixo daquela arvore que um dia foi um pequeno toco replantado da praça da Se e que aconpanhou minha historia,cresceu e properou, diferente de mim que agui estou. e e por isso que eu me consolo sempre debaixo dela.Ela e minha confidente que me acolhe e me entende.Eu, que umdia a desprezei quando os homem da prefeitura vieram replanta-la aqui e desdenhado ri daquele toco. você vai ver este toco daqui a vinte anos....disse o funcionario que havia enterrado o toco ali,bem ali-e isto que você vê em minha tela.E isto-falou arregalhando o olho fazendo suas pupilas se dilaterem tanto que consegui ver o reflexo da praça sobrenatural dentro deles
.O vale do anhangabau - continuou,-E envolto... e cheio de misterios.em seu subsolo passa o rio anhangabau que em tupi-guarani significa(mau espirito)ou seja rio do mal espirito,refletiram por um instante imperceptivel o animal de quem falava, e anhanga animal assustador recuei.sensitivos afirmam que o vale do anhangabau emite energia muito ruim,-continuou- mas eu agui me sinto em casa. esta e minha casa, agui eu vivo.dai para ca minha vida se transformou em um pesadelo. o mal me castigava e o bem me protegia.mas eu, como sou um guerreiro suportei ate sentir a gloria das artes plasticas em minha vida atraves de um chamado que veio em forma de uma voz misteriosa certa noite me acordou e disse para eu retratar a praça e seus predios. mas como fazer isso se eu nunca tinha tocado em um pincel em minha vida.mas este e um dos misterios da minha vida de la para ca. os dias foram dificeis para mim, perdido nas ruas do centro de sao paulo passando frio fome e solidão,não tendo a quem pedir ajudar,eu que era apenas mais um agui nesta cidade,sem valor e sem futuro, fui tocado pelo sobrenatural que me abriu as portas atraves da pintura e assim percebi que eu tinha uma forma propria de retratar são paulo.Era como se eu estivesse em outro mundo. minha luta continuava, eu não tinha vicio de bebida mas o mal não me deixava .e eu não tinha paz para realizar meu sonho e torna-lo realidade. mas mesmo assim eu sabia que alguma coisa estranha estava para acontecer.
Assim como você se preocupou comigo me protegendo do sol.-exclamou-abrindo os braço em minha direção.-um garoto que se preocupa com as pessoas e uma perola rara hoje em dia. vejo uma perola muito preciosa ai,um pouco suja de graxa de bicicleta, mas ainda sim uma perola- brincou, apontando para as minha roupas.e dizendo isso, levantou-se e, enquanto sacudia a barba e a careca,batia suas roupas muito mais sujas do que a minha.Isso e quase um atrevimento,-falei fingindo indignação.uma perola envolta em trapos- sorriu- um raro,-Dom-encarou-me sua expressão revelava agora a verdadeira fisionomia daquele homem. e completou- você e como a flecha que deixou o arco...fiquei intrigado.
e o que tem ela,
Ela- sorriu, voltando-se para mim enquanto enrolava seu cobertor. Sim A flecha.Ela jamais retorna...disse por fim apois um novo silencio, tomado folego recomeçou.precisamos saber distiguir nossos sonhos de nossas miragens.e seguir os sonhos, não as miragens-falou enquanto apanhava um pequeno peixe de um saco plastico e o colocava em uma panela indo fazer uma pequena foqueira com os gravetos que estavam a sua volta.eu estava hipnotizado. sua figura parecia irradiar uma luz.tudo o que fazia parecia ter intensidade. seus pequenos gesto bastavam em si mesmo.Afirmar a vida e dizer sim,conformar-se com ela e dizer não.-deu uma risada e completou.ai esta, acho que usarei esta frase amanha, em outro muro. Afirmar a vida e dizer sim,conformar-se com ela e dizer não.polvilhou lentamente a frase mexendo os dedos como um chefe de cozinha ao despejar especiarias em uma equaria
O que você quer dizer exatamente com isso,-perguntei admirado.
O sim pode nos trazer problemas,mas o não nos leva ao maal-disse, prolongando o som da ultima palavra.E acrescentou.No final você não vai levar o que economizou da vida,mas o que pode dar ao longo dela.sua simples filosofia de vida possuia uma força irresistivel.a naturalidade com que dizia as coisas...
A verdadeira coragem e fazemos as coisa que acreditamos serem certas, mesmo que as façamos com medo, e que nos custem, pois a vida não se mede pela quantidade de anos que se vive, mas pela quantidade de alegria que se distribui.Ele ia soltando aquelas perolas com a mesma naturalidade com que acendia o fogo.longe de estarem envoltas em trapos, suas palavras eram puras e cristalinas para mim.
Logo pela manha, mal a lua se esconde, la surgem elas saidas de dentro de seus formigueiros...Elas quem,- perguntei de chofre.As pessoas.-continuou-mas diferente das pequenas e determinadas formigas que compreendem seus caminhos,estes microbios bipedes de Deus andam pelos seus caminhos cheios de pavor.
Pavor,mas pavor de que,-perguntei intrigado.
Medo medo de viver,completou-vivem como se tivessem muito a perder, esquecendo-se do quanto receberam da vida.e uma benção estamos aqui respirando este ar calido e propero,suspirou... um ar que se pode quase ate beijar...-fez um bico com os labios e franziu o nariz de maneira engraçada como se quisesse experimentar com sa boca faltante de dentes aquele bocado invisivel de ar a sua frente.-ah-estalou os labios a saborear o vazio.- a vida de um dia,-exclamou como um mestre zen ao finalizar seu haicai.As pessoas sentem medo umas das outras,-concordei.-acham que seu ganho precisa se dar com a perda do outro....
você tem razão, nunca devemos deixar endurecer a argila de que somos feitos.-falou olhando- me profundamente.-todos somos meros relampagos em uma noite de trovoada...meras espumas no oceano flutuante...-emendou sem se preocupar com meu espanto.precisamos olhar diretamente para a essencia das coisas... este e o exercicio do desapego...avida fica mais bonita se fizemos isso.este eo distanciamento que aproxima. E a maneira certa de nos envolvemos. precisamos aprender a relaxar.o relaxamento brota quando estamos permitindo algo. a tensão surge quando perseguimos algo.- eu estava ali, e tudo que dizia tinha ressonancia com o mais intimo do meu centro.precisamos aprender a ver as pessoas e aceita-la atraves de seus talentos e não de nossos desejos como você fez agora a
pouco,percebe.-absorvia cada gota daquela saberdoria que ia sendo levada pela fumaça do fogo de sua pequena foqueira.Se você não pode perder, não pode ganhar. arrematou entre os dentes enquanto mordia o palito de fosforo da foqueira.-você sabe quanto um naufrago pagaria por esta caixinha de fosforo.-perguntou sorrindo, enquanto segurava com dois dedos a pequena caixa a altura dos olhos, como um expert ao examinar um raro brilhante.-não tem preço-disse olhando divertido para mim.pois e ,- continuou-eu me sentia esse naufrago, mas sem nenhuma caixa de fosforos por perto.E como eu te disse,eu sentia que alguma coisa estranha ia me acontecer.mas em dois mil e cinco o pessoal aqui do centro me pagou uma passagem para eu ver minha maê na cidade de currais novos rn,onde narci. la em casa,eu estava deitado em minha rede pensado em voltar guando minha maẽ falou pra mim
(menino,o que vocẽ vai fazer de novo neste lugar) se vocẽ não teve sorte la,então eu respondi a ela. maẽ eu vou volta porque o centro de são paulo tem um misterio que eu posso resolver porque eu ja paquei um preço alto com minha vida la e agora eu vou ate o fim.E foi ai que eu comecei a sentir são paulo e as pessoas de outra forma,Como se elas e suas historia coubessem nas telas que eu comecei a retratar são paulo e seus predios,comecei a sentir amor e gratidão por tudo,E uma energia que me deixava sempre feliz e em paz.paz que eu não tinha antes...deste Chamado
Fiquei ali simplesmente olhando aquele maravilhoso vagabundo
E suas historias sem sentido mas cheia de significado.Veja este peixe.-falou erquendo o bicho pelo rabo,pequei ontem ainda esta bom,embora meio descolorado e ja com um cheiro um pouco forte.se eu não tivesse este peixe para comer não iria amaldiçoar o peixeiro poe isso,muito menos o mar.Quando temos uma oportunidade...Otimo se não a temos...tudo bem.qual e o problema,estamos sempre no lucro.nunca tivemos nada mesmo...e saber por que- sussurrou aproximando-se de mim.poque de fato não precisamos de nada-assentiu com a cabeça como quem revela um oculto segredo,-E assim os dias começaram a passar e eu ja feliz sem nada de mudanças em minha vida,mas sabendo que a qualquer momento o jogo de minha vida iria mudar, E assim foi esta transformaçao de um homem que descobriu um Dom embora eu não entenda como isso se deu de fato pois não me sinto o artista e não gosto de ser chamado de artista, porque o artista vem da alma do ser humano e comigo veio depois de velho, o que me da certeza de que eu na realidade cumpro e uma missão espiritual. mas então- perguntei impaciente- conte logo esta historia, como foi que vocẽ recebeu este chamado, ele me olhou com seus olhos de fogo,sua barba por fazer, E como um corsario se ajeita para fazer sua refeição em alto mar, so ai e que eu percebi o sobrenatural do vagabundo iluminado

Nenhum comentário:

Postar um comentário